sábado, abril 27, 2024
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10 características fundamentais para ser um ótimo gestor de pessoas

Entenda a diferença entre ter uma liderança contributiva ao invés da tradicional liderança situacional

Foto: kasto80/iStockphoto.com

Um grande dilema sempre está presente quando falamos sobre quais seriam as qualidades e competências que um líder, de fato, precisa reunir para entregar resultados e proporcionar o melhor engajamento e comprometimento das pessoas.
O que deve realmente estar na agenda, ou melhor no constante radar de um adequado líder? Entretanto no meio de imensa sofisticação de termos e slogans modistas que permeiam, nos dias de hoje, nessa titulação, há distorções não somente do que se esperar, mas como também do adequado perfil que uma competente e ajustada liderança deve proporcionar para as organizações.
Neste sentido, creio que cabe lembrar uma simples e antiga definição, da clássica, mas eficiente escola de administração, que diz que “um verdadeiro líder deve ter duas constantes preocupações – administrar recursos materiais e humanos com equilíbrio de forma eficaz para que ambos os recursos recebam a mesma dose de atenção.

Como exercer esse papel?

Uma liderança eficaz nunca poderá ser situacional e sim contributiva e plena, o que significa dizer que não podemos classificar, às margens das constantes crises pelas quais passamos, qual o melhor modelo para cada crise.
Como a própria origem conota – Crise cuja origem ETIM lat. crĭsis, is significa momento de mudança súbita. Crise, do grego; krísis, eōs permeia a ação ou faculdade de distinguir, decisão, momento difícil. Neste sentido, como a etimologia define a competente liderança deve navegar com maestria os momentos de súbita mudança, independente do fato ou época, para obter o máximo de eficiência dos recursos a ele conferidos, sejam materiais ou humanos.
Então, se pudéssemos “rotular” uma definição contemporânea para a realidade social (interesses das pessoas) e econômicas (interesses das organizações) qual seria a melhor definição?
Resultado de minha experiência como gestor de pessoas nos últimos 30 anos, afirmaria que o melhor modelo seria a de uma Liderança Contributiva, onde agrupasse de forma harmoniosa competências técnicas e emocionais – onde uma não existe sem a outra. Este modelo faculta a necessidade de que este líder seja contributivo para a empresa, colaborador, para ele mesmo, família e comunidade.
Todavia este modelo de gestão competitiva atua de forma expandida e requer da liderança certas características fundamentais para a perfeita sincronia entre o que é material e o que é humano.
Dentre muitas, pondero abaixo as dez mais significativas e essenciais para a condução de pessoas – oferecendo a elas o papel de protagonista no exercício de suas atividades e êxito organizacional:

1. Atitude positiva e coragem diante a qualquer circunstância;

2. Integridade e justiça – baseando-se nos fatos e não em preferências;

3. Ter sensibilidade para ouvir e aprender;

4. Sensibilidade cultural para entender as diferenças e obter sinergia;

5. Capacidade de delegação – por meio do compartilhamento de conhecimentos e visão estratégica;

6. Disposição para servir a todos na cadeia de valores;

7. Destreza de comunicação – exposição clara do que precisa ser feito, do que se espera de cada um;

8. Foco primário e prioritário na solução e não origem do problema;

9. Visão e visibilidade a longo prazo na construção de suas estratégias;

10. Harmonia e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.


Assim, resumidamente, podemos assegurar que independente do tamanho, origem ou segmento de uma organização, a empresa somente obterá sucesso e perenidade se proporcionar para o time de liderança as características elencadas neste artigo. Também é preciso que as corporações identifiquem aqueles que possam oferecer este tipo de conduta quando elevados ou estejam em posições de gestão mantendo estas competências de forma constante e equilibradas.
Desta forma teremos uma liderança capaz de: compartilhar com seu grupo de trabalho o crédito das ações realizadas, reconhecer e aprender com seus equívocos; motivar e engajar as pessoas diretamente ou indiretamente ligadas a eles, na busca dos interesses da organização e, consequentemente, de sues clientes.
Desse modo, daremos espaço a líderes autoconfiantes, com bom caráter e senso de justiça e capacidade de ser contributivo compartilhado suas experiências, ideias a ideais disseminando sua paixão e o cotidiano organizacional, oferecendo assim, aos outros, a oportunidade de crescimento e sucesso.

Agradecemos a colaboração de Marcel E. R. Oliveira, mestre em administração de empresas com ênfase no comportamento humano e possui MBA nas áreas de marketing e administração de produção. Ocupou inúmeras posições C-Level em grandes multinacionais e líderes em seus segmentos. Atualmente é CEO da Allegro –Consultoria em RH e assuntos de Governança Corporativa.

Por Samia Malas