quinta-feira, abril 25, 2024
Banho e Tosa

Groom Brasil 2016 coroa estrelas do grooming

O relógio marcava 13h quando as primeiras estrelas adentraram o ringue. Imponentes, emanavam segurança e tranquilidade. Já em suas posições, cruzaram olhares com os rivais, estavam atentos a tudo que acontecia ao redor. Primeiro foram as patas dianteiras, depois as traseiras, e uma delas já estava em pé na mesa. E assim foi sucessivamente com todas. Os groomers então não perderam tempo, rapidamente sacaram dos pentes em suas malas e começaram a preparar a pelagem dos cães. 

Após cerca de 30 minutos, ecoava das caixas de som a frase que muitos competidores esperaram 1 ano, ou até mais, para ouvir, a oportunidade de mudar de patamar na carreira. “Que todos façam um excelente trabalho e boa sorte!”, anunciava a organizadora do evento, Natália Miranda. Era 30 de agosto, primeiro dos três dias da primeira competição de tosa da América Latina, o Groom Brasil, que já está em sua 8ª edição. O evento aconteceu na 15ª Pet South America, no Expo Center Norte, em São Paulo-SP. 

Antes das primeiras tesouradas, todos os cães foram observados pelos juízes. Kathy Rose, reconhecida juíza nos Estados Unidos e dona de uma carreira vitoriosa como groomer, estava sempre atenta, caminhava lentamente pelo estande e observava os mínimos detalhes. Outra julgadora americana foi Tammy Siert, que está há 23 anos no mercado e fez parte do Groom Team EUA durante anos. O terceiro juiz foi Luiz Serra, um homem magro, elétrico e animado que percorria o ringue com vigor e avaliava os cães atentamente. Beijava e abraçava cada animal. Colocava os óculos, penteava os pelos e memorizava cada particularidade. Respeitado pelos participantes e por todo o mercado, ele, que também é handler, está na área desde 1977 e há anos forma profissionais do segmento. Com blocos de anotações em mãos, os três registravam suas impressões e, como abelhas, trançavam as mesas, averiguando o trabalho de cada competidor. 

Além de avaliar se a tosa estava fiel ao padrão da raça, os juízes consideraram o nível de dificuldade do trabalho, acabamento, harmonia, entre outros critérios. “O torneio já é reconhecido há anos no mercado. Vencê-lo é uma forma dos profissionais darem um novo passo na carreira. E com juízes qualificados e idôneos eles só têm a ganhar em experiência”, destaca Natália. 

 

Groom Internacional

Perfilados em uma área de 100 m², os primeiros competidores abriram o campeonato disputando a categoria Handstripping, específica para profissionais que optam por cães de pelo duro, e Spaniel & Setter (Sporting), na qual apenas cães do grupo sporting são tosados, como Springer Spaniel e Cocker Americano. Esta, inclusive, fez parte de um grupo novo de categorias do torneio. 

As novas categorias do concurso fazem parte do chamado Groom Brasil Internacional e, apesar de não renderem prêmios como as categorias convencionais, elas são importantes, pois os melhores colocados conquistam pontos para concorrer a uma vaga no Groom Team Brasil, equipe de profissionais que representará o país no mundial que acontecerá em 2017.  

A pontuação conquistada é somada às de outras competições. Ao todo são seis, sendo que cinco já foram disputadas, duas no litoral sul de São Paulo, uma em Ribeirão Preto e duas na capital paulista. As outras categorias que completam o Groom Brasil Internacional são: Tesoura (scissoring); Poodle; e  Stripping, a última destinada a cães de pelo duro. Para essas categorias, os três juízes atribuíram notas, enquanto que, nas outras, que não fazem parte desse grupo, apenas Kathy decidiu os vencedores.