Acará Disco e sua beleza!
Este peixe maravilhoso foi apelidado como rei e habitante de águas ácidas, quentes e límpidas de rios da bacia Amazônica, o Acará Disco ou apenas Disco, é o sonho de consumo de muitos aquaristas e está entre os peixes ornamentais de água doce mais comercializados em todo o mundo.
O Acará Disco conta com duas espécies, o Symphysodon aequifasciatus, que é encontrado no Brasil, Colômbia e Peru, porém a espécie mais difundida é a Symphysodon discus. Estudos recentes demostraram a possível existência de uma terceira espécie, chamada pelos cientistas de Symphysodon tarzoo, porém as análises ainda não foram conclusivas.
Na aquariofilia, o cruzamento entre diferentes espécies/colorações de discos é empregado para obtenção de uma grande diversidade de padrões de coloração, listras, tonalidade e manchas no corpo. A espécie possui corpo lateralmente achatado com barbatana dorsal e caudal longa, que contribuem com o formato discóide de seu corpo. O Disco é considerado um peixe de cardume e necessita da companhia de, ao menos, seis membros da própria espécie, não suportando ficar sozinho. Justamente por esse motivo, o nome da espécie (Symphysodon), que possui origem grega, onde “Symphys” significa crescendo em grupo e “odon” significa dentes, referindo-se à sua dentição reduzida quando comparados a outros ciclídeos.
Peixe que se assusta facilmente, é natural que a espécie só conviva bem com outros peixes pequenos e tranquilos. Demonstram rígida hierarquia e aquários espaçosos são recomendados para que a disputa hierárquica ocorra naturalmente. Por isso, devem ser mantidos em aquários grandes, respeitando a regra de um centímetro de peixe para cada dois litros de água, a fim de evitar disputas territoriais e promover boa qualidade da água.
É fundamental um sistema de filtragem bem dimensionado. A água deve ter temperatura de 24 a 28°C, baixa dureza, ácida e cuidadosamente limpa.
A Alcon desenvolveu um novo alimento extrusado completo para Disco, objetivando manter o hábito alimentar da espécie, com alto teor de proteína e ingredientes seletos, como gammarus, lula e alho.
Agradecemos ao autor: Carlos Augusto Nicolino- Mestre e Doutor em Medicina Veterinária
Colaboradores: Max Ternero Cangani- Mestre em Microbiologia Agropecuária- Doutor em Zootecnia
Eva Schneider- Graduanda em Medicina Veterinária
