sábado, abril 20, 2024
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Ter pet shop produtivo e humano é possível!

Uma meta ambiciosa e de grande transcendência para um pet shop é que ele seja altamente produtivo e também plenamente humano. E isso deve estar presente em toda a sua conduta com os colaboradores.
            A exigência de conciliar o produtivo com o humano é um desafio fundamental para os líderes de um pet shop e para todos que nele trabalham. Muitas vezes, são exigências opostas e sua conciliação requer não somente a fria razão, mas também a imaginação, a intuição e um profundo sentido humano de discernimento, serviço e de afeto.
 
Ética, liberdade e valores
 
            A ética que deve reger um pet shop é a que leva à realização das atividades de acordo com sua missão, sua visão e seus valores. A liberdade, atributo essencial do ser humano, é um dinamismo básico, cuja força criadora destaca o crescimento sustentado do pet shop.
 
            O campo da economia é o do aproveitamento ótimo dos recursos escassos. O lado humano, por sua vez, é o de fazer o bem para os colaboradores.
Não é fácil definir os valores que devem reger a rotina de um pet shop. Sem dúvida, há toda uma corrente propulsora na qual esses valores são explicados e definidos. Porém, a questão principal não é defini-los, mas, sobretudo, fazer com que os líderes tenham a audácia de cumpri-los e fazê-los cumprir. Entre os valores se encontra a integridade dos líderes, a justiça nas transações comerciais, no trato com os colaboradores, o respeito às leis, a honestidade, o trabalho em equipe.
            A liderança requer seguidores e o ato de seguir demonstra confiança e fé no líder. Essa fé só pode ser conquistada se os líderes agirem com integridade. Essa é a honestidade com responsabilidade, responder pelos seus atos e os de seus colaboradores. Assim, o líder tem que influenciar seus colaboradores para que façam um banho ou uma tosa com atendimento cordial ao cliente, por exemplo.
O líder, portanto, tem o papel de introduzir no pet shop o sentido humano, vivificando as relações entre eles e seus colaboradores, com o respeito que cada um merece, impregnando-os de justiça e de mútua confiança e inspirando-os com estima e afeto que devemos ter com o próximo. O líder deve também perceber a importância do ser humano para o pet shop, seja ele o colaborador, o fornecedor ou o cliente. Me refiro especialmente a esses homens e mulheres que constituem a força de trabalho do pet shop, incluindo aqui desde o mais elevado cargo até o mais modesto. Da qualidade e do desempenho deles dependerão a qualidade e o desempenho do pet shop.
É muito importante que o negócio, para cumprir com sua missão de higienização, embelezamento e saúde do animal seja uma empresa com alma. O pet shop com alma é aquele no qual seus líderes não apenas creem profundamente em seus objetivos e valores, mas vivem e os expressam com entusiasmo em tudo o que fazem. São líderes que não lideram apenas com sua inteligência, mas também com o seu coração.
            Esse espírito é o que pode fazer do empreendimento não somente um meio para que todos os colaboradores sustentem a vida dignamente, mas, também, o lugar onde sejam alguém, onde possam alcançar sua própria realização e ser feliz. 
 
 
Crescimento e colaboração
 
Dentre o que é recomendável para se ter um pet shop mais humano estão seu crescimento sustentado e melhorias contínuas para eliminar desperdícios e reduzir custos. Essas conquistas são as que darão ao estabelecimento vantagens econômicas, no momento em que o Brasil está passando. Devemos lutar, então, para que as pessoas tenham a oportunidade de dar o melhor de si para seu bem pessoal e para o sucesso sustentado do estabelecimento.
Uma das ações mais importantes é a participação dos funcionários nas decisões do seu trabalho que os afetam e que lhes dizem respeito. É preciso cuidar para que se envolvam na missão, na visão e nos valores, considerando-os como sendo deles próprios e colaborando com a sua criatividade, iniciativa e entusiasmo.
             
 
Atitudes positivas de um líder de um pet shop

              Seja proativo e não reativo. Em vez de esperar algo acontecer para, a partir disso, reagir, experimente tomar a iniciativa primeiro, ou seja, faça a mudança acontecer por conta própria.
 Até porque essa espera demasiada pode transformá-lo em uma pessoa ansiosa e passiva demais. Se você, como líder, for reativo, terá sempre que lidar com algo que já teve início e que nem sempre sairá do jeito que quer. Mudar é crescer. Parar é perecer. Quem não muda, não cresce.
 
 
Salvador Balaguer é engenheiro mecânico pela Escola Politécnica – SP, pós-graduado pela FGV – SP, atua como consultor de desenvolvimento organizacional