terça-feira, abril 23, 2024
Administração

Cuide de sua imagem, crie sua marca pessoal

Foto: Pixabay

Com a transformação digital e quase tudo migrando para o online, a marca pessoal é uma das ferramentas mais importantes para alavancar negócios

Como sabemos, a marca pessoal ou personal branding está em alta por ser uma das ferramentas de diferenciação para a obtenção de nossos objetivos pessoais ou profissionais. Com a transformação digital e quase tudo migrando para o online, a marca pessoal é uma das ferramentas mais importantes para alavancar negócios.

O motivo é que principalmente em redes sociais, as pessoas se conectam e engajam com maior velocidade e facilidade com outras pessoas do que com páginas de empresas, o que os torna potencialmente em embaixadores de seus interesses, personalidades e negócios. Vamos então por partes para conhecer este aparente “complexo” mundo de relacionamentos:

O que é a marca pessoal?

Marca pessoal é como as pessoas te enxergam e o que você representa na mente das pessoas – essa experiência que você criou ou irá criar, determinará seu valor e sua personalidade como elemento de diferenciação. Lembre-se que esta imagem é fruto de percepções que você desencadeará na mente das pessoas ou organizações que pretende se conectar. Esta construção de percepção é composta por sua identidade – que deve ser única, sua imagem, sua reputação, modo de vida e valores. Tudo isto representado por meio de como você aparece, os assuntos que aborda, como escreve, o que defende e seus propósitos de vida.

É possível separar a marca organizacional da marca pessoal, ou seja, separar pessoa física da jurídica?

Pelo que temos observado, após anos de práticas neste assunto, podemos afirmar que nossa imagem pessoal está diretamente ligada à nossa imagem profissional, ou seja embora os diversos canais de mídia social superficialmente nos levem a acreditar que não estejam conectados – há sim uma conversão imediata e real na construção de uma imagem pessoal e profissional. Por isso esse assunto se tornou tão relevante. No online essa relação é orgânica e o limiar é tão tênue que se desfaz frente ao olhar do nosso público. Por este motivo tudo o que você posta deve ser cuidadosamente revisto ou construído de forma a criar uma única e consistente imagem, visto que aos olhos de que acompanha suas publicações não há diferenciação do tipo de canal de comunicação que você utiliza ou empregará na construção de sua Marca Pessoal.

Para as empresas quais as oportunidades que se apresentam na contribuição que pode ser oferecida na construção de uma imagem pessoal de seus colaboradores?

Partindo do princípio que cada funcionário é um potencial embaixador das marcas de produtos e serviços que a organização comercializa é importante que o propósito das empresas esteja alinhado com a postura dos colaboradores para que todos caminhem no mesmo posicionamento, mesmas estratégias de comunicação e ações. Juntos somos mais fortes!

Mas é possível realizar esta conscientização e ajuda para os colaboradores de uma organização? Como fazê-lo?

Sim, por meio de treinamento. Este processo deve ser construído em quatro etapas: comece pelo princípio básico da construção de uma marca, depois o de constituição de uma marca emocional (bases e conceitos do mundo e canais de mídia social) e depois os cuidados e dicas do que fazer.

O que é importante na construção de uma imagem consistente, que transmita sucesso e confiança?

“Quem não é visto não é lembrado” e se for lembrado que seja por atributos positivos e alinhados com seus objetivos pessoas e de negócios.

Dicas de ouro

• Defina a melhor plataforma de relacionamento que esteja alinhada a seus objetivos;

• Exiba sempre boas fotos – seja de perfil ou de produtos ou serviços

• Preencha o perfil completo – não deixe espaço para lacunas ou interpretações por parte dos usuários das plataformas de comunicação;

• Use palavras conhecidas no seu segmento de atuação;

• Mantenha foco no objetivo e seja persistente para se conectar com as pessoas que possam te ajudar nos negócios, sejam potenciais clientes ou referências no mercado desejado;

• Trabalhe ativamente sua network, ofereça oportunidades e compartilhe informações com sua rede sempre que possível;

• Abra canais de comunicação para ouvir e responder ao seu público-alvo;

• Publique conteúdos de valor para criar autoridade e se tornar um influencer no seu segmento – mostre que sabe o que faz e os resultados, mas seja consistente com a imagem que quer gerar no online.

• Mesmo online garante sua credibilidade com o dress code, pontualidade e imagem pessoal.

A observação das regras poderá gerar resultados práticos, como oportunidades de negócios e melhor exposição pessoal para novas oportunidades de mercado?

Sem dúvida, uma vez observado estas regras, podemos entrar no mundo do Social Selling: geração de vendas através de nossos relacionamentos nas redes sociais como LinkedIn, Facebook, Instagram, Tik Tok, etc.

As relações de consumo hoje são baseadas no relacionamento que as pessoas têm com suas marcas e representantes das mesmas. Esse relacionamento deve ser real e transparente, visto que hoje é muito fácil buscar informações sobre pessoas, produtos e serviços nas redes sociais. São pessoas que criam e mantém relacionamentos e não empresas!

Temos que oferecer soluções reais e únicas para as “dores” e carências dos consumidores e através do relacionamento, os resultados podem ser estendidos, afinal, quando você faz um anúncio de vendas diretas, apenas 4 % de quem vê seu anúncio está pronto para comprar seus produtos e serviços. Se o relacionamento existe, você aumenta suas chances de vendas e torna esse laço com os clientes mais forte ao longo do tempo e os clientes viram defensores da sua marca.

Num mundo de constante evolução e transformações, esse é um novo comportamento, afinal estamos falando de conexões e essas geram venda ativa e diferenciada. Ser apenas mais um num mercado tão competitivo pode não ser o suficiente.

E quais são os principais e não únicos benefícios do Social Selling?

• Fidelização do cliente;

• Relacionamento de confiança e manutenção dos negócios;

• Encurtamento do ciclo de vendas;

• Redução do custo de aquisição de novos clientes;

• Aumento de vendas de outros produtos – cross selling;

• Maior margem de lucros.

Mas atenção, conseguir esses benefícios exige um trabalho especial das lideranças para fazer com que os departamentos da empresa se integrem e trabalhem como uma engrenagem e, ainda, é preciso de consultoria específica neste mundo digital – Lembre-se que o seu talento deve estar no desenvolvimento de novos produtos ou serviços e não nas ferramentas satélites do processo. Assim você/empresa focará no core e competências de seu objetivo e mercado alvo. Todos são importantes e fazem parte do processo.

Conclusão

Em resumo as equipes devem estar alinhadas ao propósito da empresa, ao alinhamento da marca e linguagem digital, ter conhecimento dos objetivos, trabalhar juntas nas oportunidades do mercado para criação de conteúdos que agreguem valor.


Por:

Marcel E.R. Oliveira

Mestre em Administração de empresas atuou em importantes multinacionais como IBM, Bosch, Ford, Schaeffler e ZF. Atuou em áreas distintas como planejamento e produção, automação industrial, vendas, marketing, relações corporativas, segurança da informação e recursos humanos. Ocupou, nos últimos 20 anos, a posição de Vice-Presidente de RH, Comunicações e Relações Corporativas. Email: [email protected]www.linkedin.com/in/marceleroliveira

Thaís Brait

Especialista em Planejamento Estratégico, Gestão de Mídias Sociais, Treinamentos de Marketing Digital e Marca Pessoal. Publicitária com MBA em Marketing & Negócios Internacionais e MBA Gestão de Negócios e sua grande paixão é arquitetar conexões entre pessoas – H2H. Atua como voluntária do CISV no comitê local de líderes e nacional para Relações Institucionais (www.cisv.org.br).

 

 

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