sexta-feira, abril 19, 2024
Aves e Aquarismo

Vendas de peixes no pet shop: alguns cuidados

Empresários da Aqualândia compartilham um pouco da experiência deles sobre a comercialização de peixes

Foto: Divulgação

Marco Aurélio de Oliveira e sua esposa e sócia Sueli Oliveira de Lira, são proprietários das empresas Aqualândia Aquários, que tem loja física e e-commerce, e Star Reefe Home Fish, que são distribuidoras e e-commerce, todas com a mesma sede em São Paulo – SP. Embora Marco seja aquarista há 28 anos, montou suas empresas do setor há 18. Confira o bate-papo que tivemos com eles sobre a venda de animais em loja.

Revista Pet Center: O que o lojista deve ter como cuidado principal ao vender peixes em sua loja? Por quê isso é preciso?
Aqualândia: Todo lojista, antes de vender o animal, precisa fazer a quarentena dele na loja, evitando que o cliente receba um animal doente ou com algum problema. Com a quarentena você também previne a contaminação de outros animais saudáveis que você tenha na loja.

RPC: Quais os passos principais para se implementar a venda de peixes em uma loja? O investimento inicial é muito caro?
Aqualândia: A primeira coisa, antes de implementar a venda de peixes na loja, é ter um mínimo de conhecimento do que é um aquário e o que é um peixe. O investimento inicial depende do tamanho da loja e do tamanho do espaço disponibilizado para os aquários. Pode variar de R$ 20.000 até R$ 500 mil reais.

RPC: Como o lojista pode saber ou identificar que espécies dariam certo no negócio dele?
Aqualândia: Tendo treinamento e conhecimento todas as espécies de peixe ficam bem na loja. Mas é bom fazer uma pesquisa para saber o perfil dos clientes aquaristas da região. Se eles têm mais aquários de água doce ou salgada, quais os tipos de peixes que criam, para poder ter um giro maior. Os mais populares hoje ainda são os lebistes, kinguios e carpas. São peixes de fácil acesso, alta resistência e simpatizam com praticamente quase todo aquarista. Agora, para o lojista que pretende vender peixes marinhos, tanto nacionais como importados (que podem vir da África, Indonésia, Caribe etc.), ele precisa ter em mente que o custo desses animais e os materiais para o aquário marinho vão ser bem mais caros.

RPC: Quais espécies de peixes não indicaria para serem comercializadas em uma loja e por quê não as indica para venda?
Aqualândia: Não existe espécie que não indicamos, pois depende muito do gosto cliente. O segredo da loja é saber indicar o animal certo para cada cliente. Por exemplo, temos peixes carnívoros outros mais tranquilos e sociáveis, então é preciso ter esse conhecimento para não fazer indicações que possam trazer prejuízos ao cliente.

RPC: Que dúvidas são mais frequentes entre lojistas que querem trabalhar com a venda de peixes ou até que já trabalham com isso?
Aqualândia: A principal dúvida é como minimizar a mortalidade de peixes. Em seguida, onde buscar qualidade e como levar uma boa venda ao cliente.

RPC: E como o lojista consegue esses três pontos que você citou: minimizar a mortalidade de peixes, buscar qualidade e levar uma boa venda ao cliente?
Aqualândia: Para minimizar a mortalidade dos peixes que estão na sua loja nunca economize em produtos e equipamentos de alta qualidade. Escolha os distribuidores certos para ter qualidade na sua loja, pois ele também precisa fazer a quarentena dos peixes da forma correta. Com esses cuidados, você terá garantia de fazer uma ótima venda ao cliente.

RPC: Quais os prós e contras de se ter peixes à venda na loja? o que considerar antes de se aventurar nesse nicho na loja?
Aqualândia: Os prós é que ele vai enganchar clientes que não tinha antes. Ele abre porta para outros clientes, tanto do ramo antigo dele (os tutores de cães, gatos, aves, roedores etc.) como dos aquaristas que, certamente, não frequentavam a loja dele e passarão a frequentar. Agora contras, diria apenas não ter uma estrutura adequada para receber esses animais e acabar tendo uma alta mortalidade na loja, gerando prejuízo ao invés de lucratividade.


Por Samia Malas